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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Campos de Concentração ontem e hoje - Parte II - Campos ocultados na História

Esta parte continua com uma parte da história que é muitas vezes, quando não, ocultada, falasse pouco dela. Esta visa mostrar mais umas partes da história referente a reclusão forçada e violenta da parte de vários governos contra os que ousavam desafiá-los, ou simplesmente, por não apoiá-los ou manter-se neutro no que diz respeito às suas ações.

Aqui será mostrado, mais algumas histórias sobre campos de concentração, ou pouco conhecidos ou falados e, em muitas das vezes, ocultados deliberadamente das pessoas em geral.

Vamos a eles:


Filipinas 

Este envolve os americanos quando este se envolveu em um conflito armado com os Estados Unidos em 1899 onde o qual centenas de milhares (segundo estimativas, entre 250 mil e 1 milhão) de civis foram mortos que começou quando no dia 4 de fevereiro de 1899 dois soldados norte-americanos em patrulha mataram três soldados filipinos em San Juan, um subúrbio de Manila. As mortes também fizeram parte de uma estratégia para se iniciar um conflito para que depois pudessem pôr em execução a ideia de lidar com a população com campos de concentração como os espanhóis fora nos dois anos anteriores em Cuba e em 1900, com os quais seriam companheiros tanto na guerra como na paz, os britânicos na África do Sul.



A Primeira Guerra Mundial 

Já na Primeira Guerra Mundial houve-se a utilização de campos de concentração. E a Alemanha a utilizou juntamente com seu aliado, o Império Austro-húngaro.

Após da derrota na Batalha de Caporetto na qual exércitos do Império Austro-Húngaro e de seus aliados alemães enfrentaram o Reino da Itália (como era chamado na época) apoiados por tropas francesas, britânicas e americanas, após a sua virada de lado, e antes da batalha posterior, a chamada Batalha de Vittorio Veneto, que determinou o colapso do exército austro-húngaro e pôs fim na primeira guerra na frente italiana. Nesta que houve no princípio muitas baixas para as tropas italianas, cerca de 300.000 soldados italianos foram feitos prisioneiros por eles. Eles foram enviados em uma marcha para os campos tanto austro-húngaros como alemães onde muitos morreram. 

As condições de vida nos campos eram muito difíceis. A escassez de alimentos que assolou todos os países envolvidos na Primeira Guerra Mundial afetou-os muito resultando uma taxa de mortalidade muito elevada nos campos.

Alguns prisioneiros de guerra italianos foram internados na fortaleza de Kufstein, em Tirol, na Áutria. 

Fortaleza de Kufstein e sua localidade em Kufstein, em Titol, 
na Àustria [hoje, a parte vermelha pertence a Áustria (onde está 
localizado o castelo) e a verde, a Itália]

Hoje o castelo é um museu que abriga uma placa com os nomes de todos os prisioneiros de guerra alojados em suas celas. Os prisioneiros italianos tiveram uma assistência e tratamento não benevolente por parte das autoridades austríacas.

Os prisioneiros italianos das Potências Centrais (Tríplice Aliança) foram eliminados em campos localizados principalmente na Sardenha e na região central e norte da Itália, nas cidades de Alessandria (Alessandria), Avezzano (L’Aquila), Asti (Asti), Cuneo (Cuneo), Voghera (Pavia), Bracciano (Roma) e outros.


Alemanha

Na Alemanha, antes do extermínio em massa realizada pelo regime nazista de Adolf Hitler, havia campos para militares, rebeldes e tudo o mais. Foi mantida a sua existência mesmo um tempo após a sua derrota na chamada Primeira Guerra Mundial. Adolf Hitler mesmo, no início de fevereiro de 1919, foi registrado como voluntário em um campo de prisioneiros localizado perto de Traunstein, perto da fronteira com a Áustria. Cerca de um mês depois, os prisioneiros de guerra - várias centenas de soldados franceses e russos - foram libertados e o campo, junto com sua guarda, foi dissolvido.

Localização de Traunstein onde havia o campo de concentração 
onde Hitler ficou alojado


México

O Presídio da Ilha Maria Magdalena, no arquipélago de Islas Marías, foi um campo de concentração criada em 1918 pelo governo de Sonora (quando era controlado lá) 
para os imigrantes chineses. Chegou a haver 7 mil prisioneiros chineses. 


Os homens foram levados para o trabalho forçado enquanto as mulheres e crianças foram divididas em duas plantações de café que tinha em toda a ilha. Ao longo do tempo, a população ficou confinada morrendo de fome e desespero. 

Em 1934, após o final da campanha anti-chinesa, tinha sobrevivido três mil chineses dos sete mil que chegaram a ter durante 1918, 1920 e 1925.

Houve uma tentativa de envio de chineses deles, aptos para o trabalho, em em navios militares para outros lugares. No entanto, devido as más condições, causaram a morte de dezenas no trajeto.

Atualmente está destruído.

Campo de concentração em Perote, Veracruz, criado em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial e que funcionou até quando a guerra terminou em 1945. Ele recebeu mais de 270 cidadãos alemães, assim como alguns cidadãos italianos e japoneses, a fim de mantê-los controlados para evitar sabotagem ou ataques contra o governo.


Finlândia 

Até a grande e exemplar país de "primeiro mundo", a Finlândia, deixou seus escritos sobre "campos de concentração" em sua história também.

Após o fim da guerra civil, em 1918, cerca de 70 mil "finlandeses vermelhos" (comunistas) receberam penas e foram presos em campos de concentração. Até o final do ano, 6.100 pessoas permaneceram presas. 555 sentenças de morte foram emitidas mas apenas 113 foram cumpridas dentro dele.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o exército finlandês ocupou Oriente (russo), a República da Carélia, onde foram criados campos de concentração para prisioneiros de guerra soviéticos e cidadãos de origem eslava. Em 08 de julho de 1941 o Estado-Maior ordenou o internamento de pessoas classificadas como de “nacionalidade incompreensível", ou seja, que não estavam relacionados aos fino-úgricos. Já antes de 29 de junho de 1941 o Estado-Maior Geral emitiu uma ordem para cumprir as regras as disposições da U.R.S.S. de acordo com as Convenções de Haia apesar do fato de que a União Soviética não ratificou-a. Em 1943, o campo foi chamado apenas como um “acampamento de pessoas deslocadas”, a fim de enfatizar à imprensa ocidental a imagem de que seus campos eram diferentes dos campos de extermínio dos nazistas.

O seu primeiro acampamento foi estabelecido em 24 de outubro de 1941 em Petrozavodsk. Este recolheu, não de imediato, cerca de 10.000 pessoas de “nacionalidade incompreensível" dos habitantes da própria cidade.

O número de prisioneiros nos campos de concentração finlandês:

13400 – 31 de dezembro de 1941

21.984 – 1º de julho de 1942

15.241 – 1º de janeiro de 1943

14.917 – 1º de janeiro de 1944

Todos no leste da Carélia, operou 13 campos de concentração finlandeses, através do qual passaram 30 mil pessoas entre os prisioneiros de guerra e civis. Cerca de um terço deles morreram. A principal causa da morte foi a má nutrição.

Nos campos também eram aplicados ​​castigos corporais (a vara) e identificação através da aplicação de tatuagens (como as corridas em campos de concentração nazistas que tatuavam o número de prisioneiros em seu braço).

Atualmente o governo finlandês paga indenização a ex-prisioneiros dos campos de concentração. O contrário de muitos que negam para não ter que pagar!


Austrália, Reino Unido, Nova Zelândia, Suíça

Durante as guerras que a nação se envolveu pessoas foram detidas em campos de internamento, isto inclui pessoas que anteriormente não havia escapado do destino de um campo de concentração alemão.

Esses campos eram chamados de "campo de concentração" porque a palavra naquela época ainda não tinha a conotação que se tem hoje. No entanto, as condições de vida não foram comparadas com as de um campo de concentração alemão, embora o objetivo era diferente. No Reino Unido, no começo, antes da Guerra, adversários do nacional-socialismo e refugiados judeus já foram afetados.




Campos de concentração dos Aliados


Fora os membros do Eixo (Alemanha, Itália, Japão e seus aliados) e do próprio Estados Unidos durante a segunda Guerra Mundial, todos os chamados na história de Aliados também fizeram uso de campos de concentração. Vejamos mais sobre eles.


Campos iugoslavos de prisioneiros civis e militares italianos

No território iugoslavo foram construídos vários campos de concentração para os italianos. Neste o mais infame foi o campo de concentração de Borovnica que foi ativado em meados de maio de 1945 até janeiro de 1946. As provas sobre as torturas e assassinatos que foram cometidos em Borovnica foram documentados por vários escritores como Norberto Biso, Rossi Kobau e Barrel Gianni.

Além deles houve mais cinco: o de Aidussina, Goli Otok, Maribor, Skofia Loka e Sveti Grgur.



Campos dos exércitos Aliados na Itália

No final da Segunda Guerra Mundial foram feitos vários centros de "coleta" de prisioneiros de guerra na ex-fascista República Social Italiana (República de Salò) e colaboradores do exército alemão de outras nacionalidades.

Destes houve o...

Campo de Concentração de Coltano - perto de Pisa - Substituto do campo de Scandicci, na Toscana, era composto por três campos: PWE 336 - de 418 mil metros quadrados - para prisioneiros de guerra alemães; PWE 337 - de 382 mil metros quadrados - para italianos e o PWE 338 - de 423 mil metros quadrados - para alemães e colaboradores estrangeiros, principalmente russos. Nele houve a prisão de cerca de 32.000 ex-militares da República de Salò.


Localização de Coltano, Pisa


Um caso que teve destaque neste campo de concentração foi o tratamento dispensado a Ezra Pound, que esteve preso por 15 dias em uma gaiola de arame farpado, sem proteção contra o sol ou chuva e privado de serviços, iluminado por holofotes poderosos à noite relatado pelo major Edoardo Sala.

O poeta, ensaísta e tradutor americano Ezra Weston Loomis Pound que 
mudou para a Itália e cuja prisão, juntamente com outros, foi destaque no campo dos Aliados em Coltano, Itália além das torturas sofridas

Tipo de prisão (gaiola) que Ezra Pound foi posto e torturado.
Possivelmente foi usado para torturar outros no campo

Muitos alegam que não se pode considerá-los "campos de concentração" para não ofender os que sofreram nos campos nazistas e fascistas 

Campo 'S' -  de Taranto - pegou prisioneiros de guerra italianos e de outras nacionalidades no final da Segunda Guerra Mundial.

'L' e 'R' Civilian Internee Camp (Campo de Internos Civis 'L' e 'R') - de Terni - prendeu prisioneiros civis italianos acusados ​​de espionagem e atividades hostis aos Aliados.

Campo de Concentração de Afragola - foi criado durante os últimos estágios da Segunda Guerra Mundial para Afragola em Casone Spena.


Campo de Concentração Partisan (italianos)

Os partisans italianos, como seus antigos companheiros "comunistas", os soviéticos, também fizeram uso dos campos de concentração contra os seus inimigos (seus próprios compatriotas). Eis alguns:

Mignagola - no município de Carbonera, na província italiana de Treviso, no estado de Vêneto, depois da Segunda Guerra Mundial (entre 27 de abril aos primeiros dias de maio de 1945) foi criado um campo de prisioneiros em uma fábrica de papel local. Neste campo, os guardas partidários das brigadas chamada "Brigada Garibaldi" (brigada da Resistência Italiana, socialista, ligada ao Partido Comunista Italiano" no qual também havia o Comitê de Libertação Nacional, embora muitos membros não tinham identidade política mas lutavam juntos contra o fascismo, liderados pelos comunistas italianos Luigi Longo e Pietro Secchia) foram culpados de tortura e assassinato contra os presos no qual foi configurado como um " verdadeiro massacre".


Localização de Carbonera, na província de Treviso, em Vêneto
onde havia o campo em que ocorreu o massacre


A bandeira italiana com uma estrela vermelha em seu centro: 
bandeira da Brigada Garibaldi cuja maioria dos membros eram 
adeptos do Partido Comunista Italiano, envolvidos em massacres
em campos de concentração Aliados no próprio território italiano ou 
nos que outrora pertenceu a ela durante o regime fascista

A descoberta se iniciou quando em torno dos 83 corpos foram encontrados tanto em torno da usina como outros que foram despejados no rio Sile. E outros cem foram mortos

As vítimas incluem, além dos fascistas (somente eles pois os alemães eram retirados e não sofriam nada) suspeitos, retardatários da República de Salò, militares, civis na área mais ou menos comprometida com o regime fascista, latifundiários que tinham compromissos locais com o antigo regime. Eles foram inicialmente interrogados, às vezes torturados (espancados, alguns casos, insultados) e depois de um “julgamento", fuzilados ou enforcados.

Houve vasos de alguns deles terem sido torturados hediondamente (por exemplo, o caso de crucificação sarcástica do tenente da Guarda Nacional Republicana chamado Luigi Lorenzi e outros que foram mortos a golpes de enxada e pá). Houve até caso de mulheres grávidas (a amante do policial Gaetano Colloti). 

Luigi Lorenzi (crucificado) e Gaetano Colloti (morto junto com a mulher grávida de seu filho): vítimas dos atos atrozes de partisans italianos comunistas

Segundo autores e testemunhas, nem todos os corpos foram encontrados, porque uns foram escondidos, enterrado em lugares escondidos, queimados nos fornos da fábrica de papel ou dissolvido em ácido, enterrados vivos, jogados nos rios (particularmente o já citado Sile).

Foto do rio Sile onde foi encontrado grande parte de 
corpos da vítimas do massacre do campo de concentração

Quando houve os julgamentos de alguns condenados, muitas testemunhas tiveram relutância porque... "... os culpados estão lá fora".

No final de tudo, o que realmente restou foi somente a "absolvição de todos os acusados" [principalmente Gino Simionato, que tinha o nome de guerra "Falco" (Falcão), outro que liderou e que, além de estar envolvido no massacre do campo, esteve em um outro ocorrido em Cartiera Burgo], além do fato de que os métodos que foram utilizados para remover os corpos não permitiram uma avaliação do número de vítimas, restando apenas fontes conflitantes: a de um sobrevivente, o marechal (Mario Pastro) da Guarda Nacional Republicana, que falou em 2000 de 900 detentos fascistas fuzilados e do pároco de Carbonera, que relatou 92 vítimas mortas entre 10-12 dias *. 

Com Collotio e seus companheiros, quando foram capturados, havia consigo uma grande quantidade de ouro que acabou desaparecendo, ou seja, foi dividido entre democratas e partidários comunistas.

Nunca foi pedido nenhuma satisfação sobre o tal "sumiço do ouro".

* Segundo o relato do marechal citado acima, perto do moinho de Carbonera, no campo de certo Romeo, foram enterrados em uma vala comum cinco corpos; em um lote de terra, logo atrás da igreja de Mignagola, estão enterrados três corpos; no cemitério de Pezzan, de Carbonera, um cadáver; nas imediações da cidade de Mignagola, teriam enterrado um grande número de cadáveres que, segundo o pároco local, ascenderia os cem já citados; entre as cidades de Breda e Maserada teriam enterrado em um campo de milho cerca de trinta cadáveres.

O campo de concentração de Novara - no estado de Piemonte, também na Itália, foi criado também, após a guerra, no estádio municipal da província que leva o mesmo nome do campo (Novara). Segundo o historiador Cesare Bermani, neste local foram coletados entre 1.500 e 1.800 prisioneiros.

Cesare Bermani

Vercelli - Também no Piemonte, no pós-guerra foi estabelecido um campo de concentração no hospital psiquiátrico nos dias 2 e 13 de maio de 1945. O abuso de prisioneiros já rendidos os Aliados (que tinham entre cinqüenta e sessenta e cinco anos) c
ometidos no local por alguns guardas da 182ª Brigada Garibaldi, acabou ficando conhecido pelo nome de "O Massacre do Hospital Psiquiátrico de Vercelli" nos últimos anos embora já havia em alguns anos algumas obras que já a citavam.

Lá, além das condições de higiene que se tornaram cada vez mais precárias, os oficiais fascistas que roubavam (sempre havia um caso de roubo) iam para interrogatório e alguns deles foram sumariamente julgados e executados todos os dias. Houve casos de espancamento, confisco de todos os bens e pertences pessoais, mutilação, esmagamento (com as vítimas amarradas com arames farpados e caminhões passando por cima), mortes por causa da violência, transferidos que foram posteriormente executados e julgamentos em tribunais locais com execuções realizadas com alguns casos de corpos das vítimas serem jogados, após execução, em valas e canais nos quais alguns foram encontrados somente depois de alguns dias  ou em vários quilômetros do lugar. Teve até execuções em jardins de hospitais. Segundo fontes houve no mínimo de 20 a um máximo entre 50 ou 65 vítimas. Pode ser mais. Alguns corpos nunca mais foram encontrados tornando o número exato desconhecido.

O processo judicial para o assassinato de prisioneiros de Vercelli nunca chegou aos tribunais e, por isso, nunca foi julgado resultando em nenhuma condenação enquanto os comunistas italianos, por sua vez, procuraram várias justificativas para os atos. 

Os envolvidos no massacre são bem conhecidos: Giulio Casolare (comandante) e Giovanni Baltaro (comissário político), e dois diretores e líderes partisans conhecidos pelos nomes "Lungo "(Silvio Ortona) e "Gemisto" (Francesco Moranino) além de outros vinte e sete.

É considerado um "homicídio qualificado contínuo" e "eliminação em massa com crueldade". As vítimas chegaram até a "pagar" até por crimes feitos por tropas alemãs e outros não feitos por fascistas italianos.


Os três comunistas italianos que sob o comando de Giulio Casolare (não foi encontrada foto) lideraram o massacre no hospital psiquiátrico: (da esq. para a dir.) Giovanni Baltaro, Silvio Ortona (Lungo) e Francesco Moranino (Gemisto). 

Os acusados tiveram os seus julgamentos, ora prorrogados e depois anulados.

Este massacre também envolveu vítimas da cidade de Greggio.



Legino - No município de Savona, no final da guerra, foi criado um campo de concentração no espaço que hoje em dia é utilizado como parte da escola de ensino médio Guidobono. 

Este campo foi ligado ao nome de Giuseppina Ghersi, uma estudante de treze anos que, de acordo com o livro italiano, "Il Sangue dei Vinti" (O sangue dos Vencidos), de Giampaolo Pansa, foi presa, torturada e estuprada pelos partidários (partisans), também da Brigada Garibaldi, e finalmente enterrada no cemitério de Zinola.

Giampaolo Pansa - trazendo a tona verdades deixadas 
de lado pelos italianos que estavam do lado dos vencedores

Finalborgo - Na cidade de Finale Ligure (província de Savona), no final da guerra também foi criado um campo de concentração partisan.

Segno - No município de Vado Ligure (Savona), no final da guerra, foi estabelecido um acampamento ao lado da igreja, perto do cemitério.

Varaze - No final da guerra, foi criado um campo de concentração na Villa Astoria, onde em 1º de Maio de 1945 10 fascistas foram mortos, incluindo o general aposentado Ulderigo Nassi e a sua esposa.


Todos os casos que envolve os campos de concentração partisan levam a crer que foram usados como um instrumento, por parte dos comunistas italianos contra os fascistas, para se vingar a maneira, como descrita por Cesare Bermani: uma forma de retaliação à "olho por olho" contra os que outrora dominaram e os perseguiram anteriormente.

Mais um crime comunista? 


Estados Unidos


Fora os campos de concentração na qual foram confinados os descendentes de japoneses, italianos e alemães e também os objetores de consciência (já mencionados aqui), houve mais dois que se destacaram:

Campo de concentração de Ellis Island

Durante a Segunda Guerra Mundial na pequena ilha de Ellis Island, localizada na foz do rio Hudson, na baía de Nova York, foram detidos cidadão
s japoneses, italianos e alemães que foi encerrado somente em 112 de novembro de 1954.

Ellis Island: antigo campo de concentração Aliado norte-americano

Desde 1990 abriga o "Museu da Imigração".


Campo de Concentração de Hereford

Localizado no Texas, durou de 8 de setembro de 1943 ao final de 1946. Ele inicialmente aprisionou cerca de 5.000 oficiais e soldados italianos, que eram prisioneiros de guerra (10% do total de cinquenta mil em todo os Estados Unidos) e posteriormente os militares da República Social Italiana (Salò) que se recusaram a cooperar com os Aliados. 

Era denominado Reserva Militar e Centro de Recepção (em inglês: Military Reservation and Reception Center) mas foi chamado de Acampamento Criminal de Fascistas (em inglês: Fascists' Criminal Camp).

Houve grandes celebridades italianas da época presos nele.




Venezuela

Campo de concentração de Guasina - Na ilha do Delta del Orinoco.

Inicialmente funcionou como uma prisão no ano de 1939 sob o regime do general Lopéz Contreras (1935-1941) durante a Segunda Guerra Mundial como um campo de concentração para prisioneiros nazifascistas. Depois de ser fechada, a ilha ficou deserta até que em 1943 foi convertido novamente em prisão para a detenção de imigrantes indocumentados que chegam as costas até em 1949 quando foram postos em liberdade.

Entre 1951 e 15 de dezembro de 1952, durante a administração do Conselho Revolucionário de Governadores, liderado por Germán Suárez Flamerich, foram confinados nele criminosos de alta periculosidade e acusados ​​de terrorismo entre os quais incluiu altos comandantes da guerrilha do partido Ação democrática (AD) e do Partido Comunista da Venezuela (PCV).

Foi também usado durante a ditadura de Marcos Pérez Jiménez (1953-1958) para deter opositores políticos.

Marcos Pérez Jiménez (1914-2001):
reutilização de campos de concentração contra opositores

Dizem que fechou porque o rio Orinoco afundou a ilha onde ele estava.

Na peça "Se llamaba SN" (Se chamava SN), de José Vicente Abreu, está claramente documentada a existência desse lugar e seu uso absolutamente contrário aos direitos humanos durante a ditadura de Perez Jimenez.



Guiné

Até quase recentemente (de 1958 a até 1984) durante o governo do primeiro presidente da Guiná independente Ahmed Sékou Touré, de caráter socialista, o Acampamento Boiro ou Campo Mamadou Boiro, um antigo quartel-general da Guarda Republicana serviu também de campo de concentração dependente das forças militares guineanas durante seu mandato, localizado em Donka, no um subúrbio em Conakry. 

Localização do Campo Boiro, na Guiné

Ahmed Sékou Touré: 
líder guineano com campos de concentração para seu inimigos políticos

Nela foi abrigado um grande número de presos políticos do regime, como o famoso arcebispo Raymond-Marie Tchidimbo, ex-arcebispo de Conakry. Todos os adversários políticos de Sekou Toure foram encontrados neste acampamento que pareceu ser um único campo da guarda presidencial. Notáveis ​​presos, além dele, passou por lá como o ex-secretário-geral da Organização da Unidade Africana, Diallo Telli, que morreu de fome causada em 01 de março de 1977.

As vítimas famosas de Boiro: (esq.) o arcebispo Raymond-Marie Tchidimbo (1920-2011)
e Diallo Telli (1925-1977)

Neste campo é estimada que foram torturados e mortos mais de 50.000 pessoas durante a sua função como um campo de concentração. 

Depois da morte de Ahmed Sékou Touré em 26 de março de 1984, o campo foi finalmente fechado.

Agora veja o vídeo que mostra como é o Acampamento Boiro durante um conflito.



Vídeo: Armée barbar au Camp Boiro (Exército de bárbaros no Acampamento Boiro)


O próximo vídeo, de origem de Guiné, mostrará um pouco do que aconteceu durante a sua atividade durante a ditadura de Ahmed Sékou Touré contra a população e vítimas famosas.

Hommage Campo Boiro - Siradio (Tributo ao Campo Boiro - Siradio)

Poderia este também ser chamado de mais um "crime socialista"?


Vietnã

No meio da conhecida Guerra do Vietnã (1955-1975), em 1962, durante a Guerra Civil vietnamita contra a Vietnã do Norte (comunista), o governo do Vietnã do Sul, que era apoiado pelos Estados Unidos lançou um projeto intitulado de “Programa de Aldeias Estratégicas” cujo objetivo era o de minar a guerrilha através da criação de um "fortificado" ou “aldeias estratégicas" nos quais foram movidos para eles várias pessoas, incluindo a população rural, a força. Depois aos camponeses era distribuído armas e ensinado treinamento básico militar, criando assim uma zona de segurança, ao contrário de "zonas liberadas" da Frente de Libertação Nacional [de sul vietnamitas que lutaram do lado dos comunistas do Norte e contra o governo do Sul e os Estados Unidos (dos chamados vietcongues)]. Em breve, o programa foi considerado bem sucedido. Desde 1964, o termo "aldeias estratégicas" desapareceram dos documentos americanos do Vietnã do Sul embora o término oficial do programa ainda não havia sido anunciado. (Provavelmente já desde já começando a esquema de ocultação para não precisar pagar indenizações na posteridade).

A questão de saber se podemos incluir as "aldeias estratégicas" para campos de concentração ainda é controversa devido as declarações feitas tanto pelos Estados Unidos como o “Vietnã do Sul” que diz que o reassentamento de camponeses era de natureza voluntária e auto-organizado, e os assentamentos foram criados com a finalidade de autodefesa. Dizem também que os “moradores” das "aldeias estratégicas" contavam com levantamento e pagamento em dinheiro pelo seu trabalho e participação em eventuais operações militares contra a guerrilha, ao mesmo tempo em que a aplicação prática do programa causou uma série de problemas, incluindo até mesmo aos próprios americanos.

Por exemplo, em vez das aldeias terem sido bem projetadas para facilitar a sua defesa, muitas vezes conseguiu-se algum sucesso em algo durante a guerrilha movendo comunidades inteiras. Isso acabou levando a fortes protestos da população que assim, foram privados de continuar a cuidar dos túmulos de seus antepassados próximos de suas aldeias de acordos com os costumes do povo e religião locais. Além disso, os selecionados para cuidar dos fundos do programa desviavam as verbas, colocando os cidadãos em face da fome e da pobreza. De acordo com alguns relatos, a tentativa dos camponeses de deixar as "aldeias estratégicas" era recebida com resistência rígida e até mesmo com ordens de “atirar para matar” para quem tentasse sair. Isso acabou criando apoio para o outro lado – para o Vietnã do Norte e seu apoio, a U.R.S.S. e os outros países socialistas e do movimento anti-guerra que havia no Ocidente – que consideravam as “aldeias estratégicas” como uma espécie de campo de concentração e um exemplo dos “crimes do imperialismo dos EUA no Vietnã”.

Tudo isso, foi logicamente, uma tentativa de omitir o componente ideológico de que a transferência forçada de população em condições de guerra para um lugar especialmente reservado é realmente parte e se enquadra na definição de “campo de concentração”. 

Embora possa-se encontrar outras características para o tal programa norte-americanos e sul-vietnamita, esta ainda continuará a ser a sua verdadeira definição por mais que se tente negar!



Chile

Em 1973, após o Golpe de Estado no Chile que deu fim ao governo de Salvador Allende que foi articulado conjuntamente por oficiais da marinha e do exército chileno, que queriam o golpe, apoiado militarmente e financeiramente pelo governo dos Estados Unidos e a CIA bem como de organizações terroristas chilenas como a "Patria e Libertad" que era tanto nacionalista como neofascista que tornou o general Augusto Pinochet seu presidente no lugar não deixou de 
criar também uma série de campos de concentração para prisioneiros políticos.

O mais famoso dos quais é um campo que foi estabelecido no estádio de Santiago chamado "Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos" ou "Estádio Nacional de Chile". Um outro, o estádio "Chile", hoje chamado, "Estadio Víctor Jara", também se tornou um, é tanto que seu nome hoje se dá por causa do famoso cantor (Víctor Jara) ter sido morto lá.


Acima, o Estádio Nacional do Chile e abaixo, o antigo Estadio Chile, hoje chamado Estádio Víctor Jara, na atualidade, com cobertura, e na época do golpe. E mais abaixo, foto do cantor e ativista política assassinado, Víctor Jara, que deu nome ao estádio em que foi executado. 

Augusto Pinochet: continuando com o uso de campos de concentração 
em seu estado

Ao estarem dentro do estádio, os presos, ficavam ao ar livre, expostos ao sol escaldante, passando fome e sede além de também muitos terem sido torturados e assassinados lá. 

Outras muitas mais pessoas foram mortas após o golpe e outros estão desaparecidas até hoje. 

Seita Colônia Dignidade

Houve outro caso em que envolveu a seita religiosa chamada "Colonia Dignidad" (Colônia Dignidade) tanto no Chile como na Alemanha, onde também havia sido fundada, na qual o seu fundador, Paul Schäfer e outros colonos alemães abusavam violentamente de crianças e de outras pessoas.

Neste, o dia de trabalho era de 16 horas diárias, dias de descanso, adoração e oração foram abolidos como "inútil desperdício de tempo". A sujeição dos membros do culto foi tão forte que qualquer resistia. Mulheres, homens e crianças eram rigorosamente separados. Conversas privadas eram malvistos e proibidas. As infrações eram punidas severamente diante de todos. Todo mundo, lá dentro, tinha medo de ser denunciado, pois todo mundo era considerado um possível espião.

Houve várias acusações [sequestro, desaparecimento de pessoas, abuso sexual de crianças, tortura (por meio de choques elétricos), agressão, cárcere privado, posse ilegal de armas, assassinato, etc.] e o líder e outros pastores e membros chegaram a ser presos e processados e obrigados a pagarem indenizações no Chile. 

Após a prisão do pastor em 2005 foi encontrado extenso arsenal no lugar.

O caso do Chile (no que diz respeito ao golpe de estado de Pinochet) mostra claramente que, se for do interesse norte-americano o uso da máquina fascista-nazista, este a usa, ou seja, a reutilizará se necessário. (Lembra dos campos do FEMA já citados anteriormente?).




Colômbia

Centro de Reabilitação "Consciência e Mudança" (2000-2009) - Cárcere privado liderada por um psicopata que se autodenomina "o mestre Lazarus" e sua esposa Núbia Díaz Castellanos. Formalmente acusados ​​de crimes de tortura, abuso sexual e homicídios de pacientes em Bogotá.



Durante a Guerra ao Terror (2001 - Atualmente)

Alguns observadores indicam que o campo de concentração pertencente aos Estados Unidos em Cuba, ou seja, a base de Guantánamo (já cita no artigo), abriga suspeitos pertencentes a al-Qaeda e ao regime Taliban desde 2001 até os dias de hoje.

Alguns meios de comunicação na Primavera e Verão de 2004 usou o termo “prisão iraquiana de Abu Ghraib" que se tornou “objeto de indignação” na opinião pública após a publicação de fotos de tortura de detidos.

A estrutura semelhante à prisão de Abu Ghraib também existe no Afeganistão. É a prisão de Bagram, onde os abusos foram muito semelhantes aos que ocorreram em Abu Ghraib e bem documentados dando origem aos protestos da Cruz Vermelha Internacional.

Mas vamos saber os detalhes de cada um primeiro:

Prisão Central de Bagdá

Anteriormente conhecida pelo nome de Prisão de Abu Ghraib, é uma prisão localizada na cidade de mesmo nome, no Iraque, à 32 km a oeste de Bagdá. Foi construída pelos britânicos quando o Iraque ainda era uma colônia da Grã-Bretanha. Ela teve três épocas em que esteve atividade: 1) na época da ocupação britânica, 2) sob o governo de Saddam Hussein e, mais recentemente, até a atualidade, sob a ocupação dos Estados Unidos-Reino Unido. 

Localização da prisão de Abu Ghraib

Ela abrange uma área de cerca de 115 hectares (1,15 km²), com vinte e quatro torres de vigia e celas medindo aproximadamente 4x4 metros cada uma. Foi dividido em cinco áreas separadas por muros, para diferentes tipos de prisioneiros e cada bloco contém uma sala de jantar, sala de orações, área de exercícios e instalações rudimentares de banho. As celas abrigavam mais de 40 pessoas em um espaço de 16 m². A partir de 2003, as cinco áreas foram destinadas a prisioneiros estrangeiros, tanto condenados a longas penas quanto a curtas, por crimes capitais e crimes "especiais".


Sua história em torno da desumanização de prisioneiros começa mesmo durante a ditadura do Ba'ath [Partido Socialista Árabe Ba'ath (sim, era um partido de linha socialista, por isso que surgiu boatos de que Saddam Hussein era "ateu") de Saddam Hussein. Quando Saddam Kamel (primo de segundo grau e genro de Saddam Hussein) era chefe das forças especiais de segurança, nela houve tortura e execução de milhares de presos políticos. 

Saddan Kamel

Na época a prisão estava sob o controle da Direção-Geral de Segurança (DGS), também conhecida como al-Amn al-'Amm (Segurança Pública). Estima-se que somente em 1984 cerca de 4.000 pessoas foram executadas. Durante a década de 1990, a Organização de Direitos Humanos e Anistia Internacional documentou frequentes casos de execução de centenas de prisioneiros de uma única vez. Centenas foram executados em novembro de 1996. Pelo menos 122 em fevereiro/março de 2000 e mais 23 presos políticos foram executados em 2001. Na área de Khan Dhari, também a oeste de Bagdá, foi identificada uma vala comum com presos políticos, possivelmente de lá. Em 26 de dezembro de 1998, 15 vítimas foram executados e enterrados pelas autoridades da prisão. Centenas de xiitas foram mortos entre 1998 e 2001. A Anistia Internacional noticiou que não pôde retratar a situação completa dos eventos na prisão por causa do sigilo das autoridades.

Ela foi usada quando Saddam Hussein empreendeu uma perseguição religiosa na época (ele era sunita segundo alguns). Centenas de xiitas, curdos e cidadãos iraquianos de etnia iraniana foram mantidos incomunicáveis e sem cuidados desde o começo da Guerra Irã-Iraque (1980-1988). Havia bloco dos presos políticos foi dividido em "aberto" e "fechado". O aberto abrigava apenas os xiitas presos. Não se permitiam visitas nem qualquer contato externo. Os guardas alimentavam prisioneiros com pedaços de plástico. Existe um relato de que alguns dos detentos foram sujeitos a servirem como cobaias em experimentos para projetos de armas químicas e biológicas do Iraque. 

E durante a Guerra do Golfo (2 de agosto de 1990 a 28 de fevereiro de 1991), prisioneiros adversários também foram torturados em Abu Ghraib, incluindo ingleses da Special Air Force (Força Aérea Especial) e Bravo Two Zero (uma equipe de 8 homens também da Força Aérea Especial). 

E após estas datas, as execuções continuaram por um tempo. Mais valas comuns estão localizadas em Al-Zahedi, na periferia ocidental de Bagdá, perto de um cemitério, com cerca de 1.000 corpos de presos políticos vindos de Abu Ghraib. De acordo com uma testemunha ocular, de 10 a 15 corpos haviam chegado também de Abu Ghraib e foram enterrados por civis locais. Em 26 de Dezembro de 1998, mais 15 vítimas foram executadas e enterradas pelas autoridades da prisão às escuras em Khan Dhari. A execução de 10 de dezembro 1999 em Abu Ghraib causou a morte de 101 pessoas em um dia. Em 9 de março 2000, 58 presos foram mortos de uma só vez. Para se ter uma ideia do total de vítimas, o último cadáver sepultado foi de número “993”.

Em 2001 a prisão chegou a abrigar mais de 15.000 prisioneiros. 

Já em outubro de 2002, Saddam Hussein concedeu anistia à maioria dos prisioneiros no Iraque. A prisão foi abandonada antes da Invasão do Iraque em 2003. E depois que a prisão ficou vazia, foi vandalizada e saqueada. Quase todos os documentos relacionados aos prisioneiros foram destruídos e queimados dentro de escritórios e celas. O que também impossibilita saber mais quando sob o regime.

Já na ocupação dos Estados Unidos-Reino Unido ( o retorno britânico no local), depois que as forças norte-americanas depuseram o governo iraquiano, ela continuou a ser usada e recebeu dois novos nomes: 1) Baghdad Central Confinement Facility [(BCCF) Instalações do Centro de Reclusão de Bagdá] ou Baghdad Central Correctional Facility (Instalações do Centro de Recuperação de Bagdá). Inicialmente, o intuito de mantê-lo ativo era oferecer segurança aos detentos. Por isso recebeu também um terceiro nome, o de Camp Redemption (Acampamento da Libertação), a pedido de um membro de conselho do governo. E voltou a estar sob o controle do atual governo iraquiano posto no lugar do anterior de Saddam Hussein. Depois disso (com a ajuda americana e britânica), ela se tornou conhecida internacionalmente como lugar de torturas e humilhação contra prisioneiros iraquianos por soldados norte-americanos. E envolve também soldados britânicos, o que acabou contribuindo para se espalhara mais.

As alas de detentos 1A e 1B [conhecidas como "hard site" (lugar duro)] foi onde houve mais informações de abusos. Foi o lugar onde foi divulgado as célebres fotos que circulou pela internet há um tempo atrás em que soldados se exibem a medida que infligiam punições desnecessárias aos prisioneiros.

No início de 2004 já mantinha mais de sete mil pessoas. Embora a população hoje seja bem menor, de acordo com a Cruz Vermelha Internacional, aproximadamente 90% das pessoas mantidas presas não eram/são culpadas das alegações impostas contra elas e muitas foram/são pegas quase sempre sem motivos pelas patrulhas norte-americanas.

Opiniões declaradas e tornadas públicas pelos altos oficiais ingleses e americanos sugerem que a prisão deveria ser demolida o mais rápido possível, todavia isto foi rejeitado pelo governo interino iraquiano a "pedido" dos oficiais do governo dos Estados Unidos (?).


Em vez disso, tentaram continuar um projeto de expansão que fora iniciado antes de 2002 visando adicionar seis novos blocos à prisão. 

Muitos documentos dos relatos das torturas se tornaram públicas após o escândalo de Abu Ghraib e estão sendo arquivados a medida como são revelados pelo projeto The National Security Archive (Arquivo de Segurança Nacional) sob o título em inglês "Torture Archive" (Arquivo de Tortura).

E o governo americano sabia, o que levou o ex-presidente George W. Bush a fazer um pedido público de desculpas após protestos da comunidade internacional através de várias organizações humanitárias.

Foi fechada em 2006 mas reabriu em 21 de fevereiro de 2009. Ela estava completamente renovada e modernizada e foi rebatizada de Baghdad Central Prison (Prisão Central de Bagdá). A nova unidade pode atualmente acomodar cerca de 14.000 detentos. Em 16 de abril de 2014 a prisão fecha e transfere 2.400 presos dela.

Fora ele há mais três "acampamentos" no Iraque: Acampamento Ganci, Acampamento Vigilant e Tier 1 e o Acampamento Bucca.

Os casos de tortura não só ocorreram no Iraque, mas também no Afeganistão.

Ponto de Recolha de Bagram e outros

Conhecido pelo nome de Bagram Collection Point [(BCP) Ponto de Recolha de Bagram] - possivelmente para esconder o que realmente é] é um centro de detenção militar em uma antiga oficina de aeronaves que foi construído pelos soviéticos durante a Invasão Soviética do Afeganistão (1980-1989). O BCP é uma estrutura de aço e metal que foi restaurado com uma cerca e arame farpado em celas de isolamento de madeira.

O BCP é parte da Base Aérea de Bagram, na antiga cidade de Bagram, perto Charikar, em Parvan, no Afeganistão.

Localização da Base Aérea de Bagram onde se localiza o campo
no Afeganistão

Ele passou a ser conhecido em 2005 quando o New York Times obteve um relatório de 2.000 páginas do Exército dos Estados Unidos em relação aos abusos e assassinato de dois prisioneiros civis afegãos pelos militares dos EUA em 2002 no Ponto de Recolha de Bagram. Os prisioneiros foram acorrentados ao teto e espancado até causar a morte. Segundo o médico legista militar que fez as autópsias nos corpos revelaram um trauma grave nas pernas dos dois prisioneiros que foi comparável ao ser pisoteado por um ônibus. O general Daniel K. McNeill, que seria o futuro comandante da International Security Assistance Force [(ISAF) Força Internacional de Assistência à Segurança) no Afeganistão a partir de 4 de fevereiro de 2007, inicialmente alegou que as vítimas não foram acorrentadas ou abusadas, afirmações desmentidas pelos fatos tanto baseado na perícia medica como em testemunhas. Na ocasião em que foi exposta pelo New York Times em 15 de outubro de 2004, 28 soldados foram investigados. Em 15 de novembro de 2005, foram expostas as acusações contra 15 soldados ​mas somente sete continuam a ser acusados até agora.

Em fevereiro de 2005, a American Civil Liberties Union (União Americana pelas Liberdades Civis) publicou documentos que foram obtidos a partir do Exército dos Estados Unidos que mostrou que, após o escândalo de Abu Ghraib, o exército no Afeganistão tinha destruído fotografias documentando os abusos de prisioneiros sob sua custódia. As fotografias foram tiradas em Tycze e em torno dos vilarejos de Gujay e Sukhagen. Alegou-se que as fotos retratavam soldados que posaram com os detentos vendados e encapuzados durante as "execuções simuladas".

Em 24 de setembro de 2006, Craig Pyes o LA Times publicou os resultados de uma investigação em conjunto com a organização sem fins lucrativos Crimes of War Project (Projeto de Crimes de Guerra), afirmando que 10 membros da unidade conhecida com ODA 2021 do Grupo de Forças Especiais, que tinham sido transportados por via aérea da Guarda Nacional Alabama, durante os últimos meses de seu turno, no início de 2003, para uma base em Gardez, tinha torturado um agricultor e atirou nele, matando-o. O nome da vítima era Jamal Nasir, um recruta de dezoito anos do Exército Nacional Afegão. Este fato foi liderado pelo subtenente Ken Waller e pela gerência do sargento Philip Abdow.

Provavelmente eles guiaram as possíveis testemunhas no caso de investigação.

Em março de 2002, oficiais superiores da CIA autorizou técnicas de interrogatório que foram utilizados métodos de tortura. A administração Bush declarou, na sequência aos ataques de 11 de Setembro, que os membros da al-Qaeda capturados na batalha tinham de ser protegidos pela Convenção de Genebra por receio de abusos.

As técnicas de interrogatório usadas vão desde espancamentos simples, como agitação e bofetadas, até métodos de tortura reais, tais como prisioneiros acorrentados em uma posição ereta, mantendo o preso em uma cela fria e molhá-los com água. Movimentação contínua de prisioneiro nu em uma sala com temperatura muito baixa ou com uma temperatura muito elevada, o tempo todo, em um intervalo de poucas horas. O uso da música (“metal” tipicamente pesado) em volume muito alto por mais de 24 horas (como um tipo tortura com o uso de poluição sonora), para perseguir a pessoa e impedi-la de pensar ou relaxar. 

Um método bem conhecido que foi muito usado é a “simulação de afogamento” no qual consiste em derramar água sobre o rosto de um prisioneiro impedindo-o assim de respirar. A tortura é interrompida assim que se alcançar o quase afogamento da vítima, para evitar que ela morra, e então, após a vítima tomar a respiração, a tortura começa novamente. As torturas são tipicamente repetidas várias vezes por sessão, até que a vítima concorda em fornecer as informações (muitas vezes eram inventadas) ou assinar uma confissão (autêntica ou preparada pelos torturadores no local). 

Gráfico que mostra como é a "simulação de afogamento", conhecido internacionalmente 
como "waterboarding" que era praticado nos campos do Oriente Médio

Os Estados Unidos operava uma prisão secreta em Cabul onde foram utilizadas esta técnica. 

Mais de 100 leis dos Estados Unidos declarou inequivocamente que a “simulação de afogamento” é um tipo de tortura. O senador John McCain chamou-a de uma "tortura muito grave". Já a CIA disse que não a considera.


Conclusão: 


O desuso do termo "campo de concentração"

Nestes casos, a diferença entre “prisão” e “campo de concentração” é condicionado pela utilização de como o termo foi usado de maneira ofensiva (graças à como foi usado principalmente pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial referente aos judeus) ao invés de ter relevância da sua utilização em casos específicos que seria a maneira mais correto do uso do termo. O que dificulta ainda mais a identificação verdadeira dele. Em geral, o termo “prisão” é principalmente uma estrutura civil para detidos à espera de julgamento ou de um condenado a cumprir uma pena. Raramente é uma estrutura militar em que são realizados julgamentos onde os condenados militares aguardam ou cumprem uma pena. O “campo de concentração”, a longo prazo, quase sempre significa uma estrutura em que os militares e pessoas genericamente “inimigo da paz” estão detidos provisoriamente. O uso de um ou do outro termo também está implícita a uma posição política clara sobre questões da atualidade, por isso não foi historicizado na atualidade após os eventos que se seguiram aos ataques de 11 de setembro de 2001 para tentar uma visão mais objetiva da questão.
Com tudo isso em mente podemos saber o que é a real intenção da Elite Globalista com os que eles designam como "gado". Realmente anseiam diminuir a população para melhor dominar indo em confronto com a ordem bíblica: enchei a terra.

Se isso for um prenúncio do que pode também acontecer na chamada Grande Tribulação, o único caminho e salvação é o descrito em Provérbios 18:10 e Sofonias 2:3:

"O nome de Jeová é uma torre forte. O justo corre para dentro dela e recebe proteção."


"... Procurai a justiça, procurai a mansidão. Provavelmente sereis escondidos no dia da ira de Jeová." 

Realmente será isso que o manterá de pé diante do Filho do homem quando esta por toda a face da Terra passar.

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