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terça-feira, 21 de julho de 2015

Série: O Lado Macabro dos Aliados - Parte I - Grã-Bretanha


Quando vamos tocar no assunto relacionado a massacres ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial logo vem os nazistas. Se não eles, quem conhece mais profundamente a história, logo pensa nos croatas e japoneses. Mas com este título já mostra sobre o que será escrito aqui.

Como muitos dizem "a história é contada na versão de quem vence", com o decorrer do tempo e o auge da internet tivemos muito acessos a informações que antes ou não eram acessíveis ou era de difícil acesso como acervos únicos, anais, teses, monografias e dissertações lançando por terra tal ditado popular. E o motivo de não se ter falado nada sobre é que,embora houve alguns casos que foram levados a corte marcial, um pequeno número logicamente, a maioria das denúncias foi simplesmente ignorada e alguns processos, que chegaram a ser abertos, foram arquivados fazendo muitos até terem um ar de simplesmente ser uma lenda.

Há algum tempo atrás, um amigo meu, em seu blog, escreveu algo sobre uma cidade alemã, a capital do estado da Saxônia, chamada Dresden. Achei extremamente interessante. Só que após deixar algum tempo passar e, após isso, relembrar e ir ver imagens através do Google acabei pensando em abordar o assunto novamente e mostrar mais sobre o horror e as atrocidades que foram protagonizadas pelos Aliados na Segunda Grande Guerra Mundial e que poucas vezes ou nunca é comentada. Afinal, em uma guerra, infelizmente ambas as partes acabam realizando atrocidades principalmente contra civis inocentes e desarmados.

Não estou aqui para falar somente deste e das bombas atômicas soltas em Hiroshima (realizada no dia 06 de agosto de 1945) e depois, mas com menos atenção que o de Hiroshima, o realizado três dias depois, em Nagasaki [ou Nagazaki (no dia 09 de agosto do mesmo ano)], como sempre
 vem a mente quando damos atenção aos absurdos feitos pelos chamados "Aliados". Embora os abordaremos também. Mas veremos nesta série outros que merecem consideração e que também revelaram coisas que nem ao menos são tocadas e que são de máxima importância para nós.

Primeiro abordaremos um dos líderes (a Grã-Bretanha) e, logo em seguida, os seus aliados.

Vamos a eles:

Começaremos esta série com a famosa Grã-Bretanha, um país que tem controle sobre mais de 1/4 de terras do planeta e vista como exemplo em muitas coisas e querida por muitos como um belo lugar para se viver também, durante a Segunda Guerra Mundial, deixou sua marca no terror contra os inimigos. Parece até loucura dizer isso mas, infelizmente, como o decorrer do tempo, muita coisa foi descoberta e foi levada à tona e cabe a nós agora descobrir quais foram os crimes cometidos pelos "súditos da Rainha", ou melhor, "súditos do Rei" na época.




Grã-Bretanha


Bombardeiro de Dresden

Muitas vezes chamado de O bombardeamento (na Europa) ou bombardeio (no Brasil) de Dresden, ele ocorreu conforme já citado, na capital do estado da Saxônia, chamada Dresden e ocorreu nos dias 13 a 15 de fevereiro de 1945. Completa seus exatos 70 anos o ano que vem!

Este foi um dos exemplos das cidades alemãs que foram atacadas covardemente e desnecessariamente pelos aliados.

Segundo uma grande pesquisa do historiador e revisionista alemão Jörg Friedrich, este massacre se deu quando o então primeiro-ministro britânico Winston Churchill deu a ordem de bombardear tanto Dresden como outras cidades alemãs entre janeiro e maio de 1945. E a guerra com respeito a Alemanha já estava definida.


Jörg Friedrich: desenterrando uma verdade oculta dos Aliados 

Dresden foi a que mais sofreu o ataque ordenado por Churchill.

Essa ordem resultou no envio de 1.300 bombardeiros dos quais lançaram sobre a cidade desprotegida 3.900 toneladas de dispositivos incendiários e bombas altamente que devastou 39 quilômetros quadrados da cidade. A cidade se tornou um crematório ao ar livre chegando a temperaturas em torno de 1600 ºC. 

Segundo um sobrevivente chamado Lothar Metzger, os... "... adultos cremados encolheu para o tamanho das crianças, pedaços de braços e pernas, pessoas mortas, famílias inteiras queimado até a morte, queima de pessoas que corriam para lá e para cá, os ônibus queimados cheios de refugiados civis, equipes de resgate e soldados mortos, muitos estavam chamando e olhando para os seus filhos e famílias, e fogo em todos os lugares,...".

Muitos morreram asfixiados devido a fumaça quente. Isso hez aumentar o número de vitimas ao redor de, segundo novos dados (segundo um estudo realizado em 2008 pela prefeitura local), no mínimo 22.700 à 25.000 vítimas no máximo. Segundo Erhard Mundra, membro da diretoria do “Bautzen-Komitee e.V.”, esclareceu em 12 de fevereiro de 1995 no jornal Die Welt na página 8 o seguinte:

Segundo o comunicado do oficial do Quartel General da área de defesa de Dresden, major da reserva Mathes, naquela época diretor administrativo da cidade Dresden, foram identificados completamente 35.000 mortos, 50.000 parcialmente e 168.000 não puderam ser identificados.

Talvez a queda de 250.000 vítimas (estimativas das primeiras décadas pós-Guerra) para a décima parte (25.000 no máximo) seja devido ou a falta de mais documentação ou manipulação para, mesmo depois da descoberta, minimizar o número de vítimas dos Aliados.

Não existia a necessidade de atacá-la embora foi muito justificada depois. A cidade era somente um marco cultural de pouca ou nenhuma significância militar, e segundo alguns historiadores os ataques foram um bombardeio indiscriminado e desproporcional aos comensuráveis ganhos militares.

Veja um vídeo com cenas da época de como ficou Desdren após o bombardeio

Bombardeio de Dresden


Mas ele somente serviu como ponta de outras cidades com maiores prejuízos após a ordem de Churchill. Antes houve o bombardeio de Hamburgo em 1943 (Operação Gomorra em alusão a cidade bíblica devastada pelo fogo da ira Divina), que criou uma das maiores tempestades de fogo provocadas pela RAF (Força Aérea Real) e a Força Aérea dos Estados Unidos que matou aproximadamente entre 42.000 à 50.000 civis e destruiu praticamente toda a cidade e o bombardeio de Pforzheim, na mesma época, em 23 de fevereiro de 1945, no qual 379 bombardeiros da RAF acabou matando aproximadamente 17.600 pessoas em apenas 22 minutos fazendo com que ela, em termos proporcionais, fosse a cidade alemã com o maior número de mortos (31,4% dos habitantes pereceram), fazendo os ataques aéreos contra Dresden ser considerado menos grave da Segunda Guerra Mundial.


Hamburgo após 213 ataques e 1,7 milhão de bombas despejadas - primeiro maior ataque Aliado. "Gomorra" da Segunda Guerra Mundial

Foto da cidade de Pforzhem devastada após o bombardeio: 
maior número de civis mortos em bombardeios realizados pelos Aliados

Agora um vídeo feito na época pelos Aliados que mostra os preparos e o ataque de Hamburgo. Logicamente justificando tal decisão.

Bombardeio de Hamburgo

Eis os nomes das outras cidades alemãs que juntos com Dresden foram transformadas em crematório ao ar livre cujos centros tiveram o dobro de calor junto com Hamburgo e Pforzheim:

Kiel, Neumünster, Stralsund, Bremerhaven, Emden, Wilhelmshaven, Neubrandenburg, Neustrelitz, Prenzlau, Bremen, Hannover, Rheine, Osnabrück, Hildesheim, Braunschweig, Magdeburg, Berling, Potsdam, Frankfurt/Oder, Bocholt, Münster, Kleve, Wesel, Dortmund, Hamm, Soest, Krefeld, Mönchengladbach, Düsseldorf, Aachen, Düren, Bonn, Köln, Siegen, Koblenz, Trier, Bingen, Bad Kreuznach, Mainz, Worms, Kaiserslautern, Pirmasens, Karlsruhe, Stuttgart, Freiburg, Friedrichshafen, Ulm, München, Augsburg, Straubing, Heilbronn, Nürnberg, Ingolstadt, Bayreuth, Mannheim, Ludwigshafen, Darmstadt, Offenbach, Hanau, Frankfurt, Gießen, Schweinfurt, Würzburg, Kassel, Nordhausen, Merseburg, Leipzig, Chemnitz, Eilenburg, Halberstadt, Magdeburg, Gelsenkirchen, Oberhausen, Witten, Duisburg, Hagen, Wuppertal, Solingen, Neuß, Remscheid, Brilon, Aschaffenburg.

Na verdade, o objetivo por trás de tal ordem de Churchill (como de Roosevelt juntamente), apesar de muitos alegarem que o motivo foi que era um centro militar, industrial, de transportes e comunicação no qual sediava 110 fábricas e 50.000 trabalhadores em apoio aos esforços de guerra nazistas, na verdade foi o de mostrar o poderio militar Anglo-Americano à U.R.S.S. 

Até hoje há manifestações em homenagem às vítimas inocentes nas quais chegam a reunir 17.000 pessoas para relembrar este fato histórico até hoje muito pouco divulgado.


Pessoas fazendo uma corrente próximo ao rio Elba que 
corta a cidade em memória das vítimas do bombardeio



Batalha do Atlântico

No dia 4 de maio de 1940, em resposta à intensa guerra submarina efetuada pela Alemanha, durante a Batalha do Atlântico que, de acordo com o próprio Adolf Hitler, visava invadir a Noruega e a Dinamarca e assim bloquear as rotas comerciais fazendo com que o Reino Unido se rendesse ao mesmo tempo em que inviabilizaria a intervenção norte-americana no cenário europeu do conflito, a Marinha Real conduziu a sua própria campanha submarina. O Almirantado Britânico, que tomava conta das frotas em Skagerrak, por conta própria e sem o conhecimento de nenhum superior ou outrem, anunciou que todos os navios que fossem vistos deveriam ser afundados sem aviso prévio indo ao contrário dos termos do Segundo Tratado Naval de Londres.

Mapa do estreito de Skagerrak onde houve o ocorrido


Caso HMS Torbay


Em julho de 1941, o submarino HMS Torbay (N79) sob o comando com tenente-comandante Anthony Miers estava no Mediterrâneo quando afundou vários navios alemães. Em duas ocasiões, uma vez ao largo da costa de Alexandria, Egito e, em outra, na costa de Creta, a tripulação atacou e matou dezenas de marinheiros alemães e tropas náufragas. Em 9 de julho eles afundaram a motoplanador alemão no largo de Creta. Os sete soldados alemães, membros de uma Divisão de Montanha, sobreviveram em um bote. Mas por ordem de Miers, foram baleados com metralhadoras. Nenhum destes sobreviventes representam uma grande ameaça para a tripulação do Torbay. 

Miers, mesmo assim,  não fez nenhuma tentativa de esconder suas ações, e informou-os em seus registros oficiais. Ele já havia recebido uma reprimenda contundente de seus superiores logo após o primeiro incidente. Mas mesmo assim, fez o segundo. Estas ações de Miers violou a Convenção de Haia de 1907, que proibia a matança de sobreviventes de um naufrágio em qualquer circunstância. Mesmo assim continuou na Marinha britânica até atingir o posto de contra-almirante em 1956.

O então tenente-comandante Anthony Miers, a foto do 
submarino sob seu comando (HMS Torbay) e o 
mapa da área de sua atuação na qual cometeu o crime  


Outros casos de Náufragos

Fora este que foi destacado, houve repetidos casos de náufragos alemães que tripulações de navios de guerra britânicos atiraram contra

Após o naufrágio do destroier alemão Z12 Erich Giese pelo destróier britânico HMS Cossack (F03) e HMS Fozhound (H69). A Noruega disparou nos náufragos alemães.

Após a invasão da Wehrmacht na Grécia o submarino britânico Rorqual (N74) afundou o motorsailer grego Osia Paraskevi (Οσία Παρασκευή) que estava no caminho de Kastron (Limnos) para Kavala. Enquanto os sete tripulantes gregos ainda não haviam chegado ao barco salva-vidas, os quatro soldados alemães que haviam foram impedidos à força das armas sobre eles de embarcarem. Depois de afundar o navio, os quatro alemães flutuantes foram baleados com metralhadoras.



Limpeza de Campos Minados

Este, que foi cometido juntamente com os americanos, eles forçaram os prisioneiros alemães na Noruega obrigatoriamente a limpar campos minados com precário ou nenhum instrumento adequado para tal serviço. Quando a "limpeza" terminou, 392 estavam feridos e 275 morreram.

Crimes de Bayeux, Caen, Seedorf e Schleswig-Holstein

Durante a Operação Overlord (nome código da Batalha da Normandia), após o dia 6 de junho de 1944, dia de seu início, as tropas de linha de comunicação realizaram em pequena escala saques em Bayeux e Caen, noroeste da França, após a sua libertação, violando as Convenções de Haia. Houve também pilhagem, estupro e execução de prisioneiros cometidos pelos soldados britânicos embora foi em menor escala em comparação com o que os outros exércitos cometeram ao longo da guerra.

Em Seedorf, na Alemanha, forças blindadas britânicas selecionaram aleatoriamente duas casas e as queimaram no dia 21 de abril de 1945 como represália contra civis locais que haviam escondido soldados alemães em seus porões. No dia 23 de maio de 1945, as tropas britânicas em Schleswig-Holstein saquearam o castelo Glücksburg roubando jóias e profanando 38 caixões do mausoléu do castelo. 


Lugares onde houve os ocorridos criminosos: 

(na esq.) França - Bayeux e Caen e 

(dir.) na Alemanha - Seedorf e Schleswig-Holstein


A única coisa que o governo britânico fez a respeito foi fechar o acesso público ao relatório oficial sobre o incidente por 75 anos.



Batalha da Normadia 

Durante a Batalha da Normandia o exército britânico violenta e executa prisioneiros de guerra alemães durante a batalha.


Retirada da Bélgica

Durante a sua retirada da Bélgica por causa do rápido avanço da Wehrmacht, 1.940 soldados poloneses forma mortos sob comando britânico.

Houve o caso do ciclista belga chamado Julien Vervaecke, que era o proprietário de um restaurante em Menen e que resistiu à devastação que estava sendo feita em seus estabelecimento pelos britânicos. No dia 24 de maio de 1940, ele foi violentamente sequestrado por soldados e, provavelmente, no dia seguinte, foi baleado em um Roncq (uma comuna comum no norte da França) francês.

O ciclista Julien Vervaecke


Os Cossacos "nazistas"

Após a rendição do XV Corpo de Cavalaria cossaca (russos brancos) da Wehrmacht, que consistia em cerca de 25.000 forças de combate cossaca, incluindo cerca de 2.000 homens cossacos, à 11ª Divisão Blindada do exército britânico na esperança de se juntarem aos britânicos na luta contra os comunistas, em Judenburg, na Áustria, em 12 de maio de 1945. Esta unidade de cavalaria, acabou sendo entregue pelos britânicos ao governo soviético após negociações. Estas negociações que repatriaram os cossacos junto com prisioneiros de guera soviéticos, ficaram conhecidas como "Operação Keelhaul" britânica. No final da guerra, os comandantes britânicos repatriaram, muitas das vezes à força, entre 40 a 50 mil cossacos (incluindo suas respectivas famílias) que incluía mulheres, crianças e idosos). 

Na nomeada Tragédia Cossaca de Lienz, cossacos que tinham vindo do norte da Itália para tentar atingir o território alemão e que foram presos em Lienz pelos britânicos e estavam alojados em acampamentos, foram transferidos para a União Soviética. Muitos destes ou eram antigos moradores da U.R.S.S. ou nunca tinham sido sequer cidadãos soviéticos. 

Muitos pensaram que seriam executados imediatamente pela NKVD, o que não aconteceu, embora foram exilados para a Sibéria. 

Relatos contam que muitos desses foram punidos pelo regime soviético e um número desconhecido foi executado ou feito prisioneiro após sua repatriação.

A Operação Keelhaul também é conhecida como ""A Traição Secreta dos Cossacos".


Navios-hospitais e Não-combatentes italianos

Em 10 de setembro de 1942, o navio-hospital italiano Arno foi torpedeado e afundado por Forta Aérea Real (FAR) britânica por aviões torpedeiros do norte-leste de Ras el Tin, perto de Tobruk, Líbia. Os envolvidos afirmaram que uma mensagem de rádio alemã que foi decodificado insinuava que o navio estava carregando suprimentos para as tropas do Eixo. O Arno era o terceiro navio-hospital italiano que foi afundado por aviões britânicos desde a perda do navio Po no Mar Adriático em 14 de março 1941 e do Califórnia fora de Siracusa em 11 de agosto de 1942. 


Foto do modelo SS Wandilla, renomeado para o 

serviço militar HMAT Wandilla do qual o navio-hospital Arno era


Em 18 de novembro de 1944 o navio-hospital alemão Tübingen foi afundado por dois caça-bombardeiros "Beaufighter", fora de Pula, Croácia, no Mar Adrático. Nele, como o Arno italiano, não havia armamento algum.

A embarcação, que tinha pago uma breve visita ao porto controlado pelos aliados em Bari (na Itália) para pegar alemães feridos mas foi atacado com foguetes nove vezes, apesar de o mar estar calmo e o tempo bom tempo que permitia uma identificação clara do navio sem problema algum. Neste, seis tripulantes foram mortos. 


(Esq.) O navio-hospital Tübingen e (dir.) foto tirada dele momentos 
antes de afundar após ser atingido 

Outros cinco barcos de regate do mar que foi usado para procurar pilotos desaparecidos de ambos os lados do conflito também foram metralhados e afundado por aviões da FAR durante o mesmo período.

O autor americano Alfred-Maurice de Zayas, que avaliou os 266 volumes existentes do Departamento de Crimes de Guerra da Wehrmacht, identificou o naufrágio de Tübingen e dos outros navios-hospitais alemães naufragados pelos britânicos como crimes de guerra.


Centros de Interrogatórios London Cage e Bad Nenndorf


"London Cage" (Gaiola de Londres) - foi uma das instalações de prisioneiros de guerra, durante e após a Guerra, do MI19 (uma seção da Diretoria Britânica de Inteligência Militar), localizado no Kensington Palace Gardens, em uma rua na zona oeste de Londres com e que foi alvo de denúncias de tortura que violou a Convenção de Genebra de 1929. Nas torturas incluiu os prisioneiros serem obrigados a se ajoelhar ao ser batido sobre a cabeça, obrigado a ficar de atenção por até 26 horas, ameaçado de execução e "uma operação desnecessária".

Eles eram liderados pelo oficial da inteligência do Exército britânico Alexander Scotland.



O oficial Alexander Paterson Scotland

O próprio Alexander Scotland acabou escrevendo um livro de memórias do pós-guerra que levava o próprio nome da instalação, "London Cage" e "amenizasse" (negando "sadismo" mas, mesmo assim, descrevendo-as como algo "mentalmente tão cruel" ) ao relatar os meios empregados para extrair confissões, o apresentou no Ministério da Guerra que, em 1950, mesmo assim o quis censurar e Scotland foi convidado a abandonar o livro além de ameaçado com uma ação judicial nos termos do Ato de Segredos Oficiais chegando até haver agentes da Divisão Especial a invadir a sua casa. O Ministério das Relações Exteriores insistiu que o livro devia ser suprimido por completo porque com isso, iria ajudar as pessoas "que agitavam a favor dos criminosos de guerra". (Estranha tal afirmação, não?). 

Mas, mesmo com tudo isso, o livro foi finalmente publicado em 1957 após ser redigido e tornando conhecido tal fato.

Ele chegou a (conforme relatado por ele mesmo) alegar que recusou a permitir que a Cruz Vermelha fizesse inspeções no Londin Cage com o fundamento de que os prisioneiros não eram nem civis ou criminosos dentro das forças armadas. 

Posteriormente houve ainda mais denúncias e protestos contra tal lugar.

Atém um oficial alemão, o Obersturmbannführer (tenente-coronel) Fritz Knöchlein, relatou tantas coisas que veio a sofrer que chegou até a ser aconselhado por... "Um dos guardas... a não fazer mais denúncias, caso contrário, as coisas iriam se tornar piores para mim."


O oficial paramilitar alemão Knöchlein: simplesmente obrigado a se calar
para não piorar as coisas

Todas as alegações dadas, tanto por este oficial como por outros mais que estavam lá, referente aos maus-tratos recebidos, Scotland descreveu-os em seu livro como "alegações fantásticas".




Kensington Palace Gardens, antiga "London Cage"

Centro de interrogatórios Bad Nenndorf - Era um centro de interrogatórios gerido pelo Combined Services Detailed Interrogation Centre (Centro de Interrogatório Detalhado dos Serviços Combinados), por isso também chamado de CIDSC nº 74, e que operou na Alemanha, quando esta já estava ocupada, a partir de junho de 1945 até julho de 1947 e que serviu tanto para prender e interrogar ex-nazistas como pessoas suspeitas de realizar espionagem para a União Soviética. Por isso lá, além dos alemães, encontrou-se também russos, tchecos e húngaros. Durante seus dois anos de funcionamento, um total de 372 homens e 44 mulheres passaram por lá. 


Winckler-Bath: o local onde foi criado o Centro de Interrogatório


Nele foi aberto um um inquérito oficial em 1947 no qual concluiu-se que houve "tortura mental e física durante os interrogatórios" e que "os bens pessoais dos prisioneiros foram roubados". 

Tudo começou quando alguns apareceram com queimaduras, desnutrição e uma variedade de lesões físicas e o relato de que 65 homens e quatro mulheres detidos foram confinados em uma solitária que era celas não aquecidas a uma temperatura que chegava de -10 °C o membro do Parlamento britânico Richard Stokes liderou uma inspeção na qual deu o seguinte relato sobre as seguintes condições que os prisioneiros sofreram:

(1) roupas insuficiente; (2) intimidação pelos guardas; (3) tortura mental e física durante os interrogatórios; (4) mantidos em confinamento solitário por longos períodos sem exercício; (5) confinados a celas de castigo, não por qualquer ofensa, mas simplesmente porque o interrogador não estava satisfeito com as suas respostas; (6) nas celas de castigo, durante o inverno rigoroso, eles foram privados de certos artigos de vestuário, baldes de água fria eram jogados na cela e foram obrigados a esfregar o chão da cela por longos períodos e foram agredidos e maltratados; (7) tinham
 atenção médica  insuficiente; (8) comida insuficiente; (9) soltura de prisioneiros foi desnecessariamente atrasada; (10) os bens pessoais dos prisioneiros foram roubados.

Richard Stokes

Isso acabou resultando no fechamento do campo e quatro dos oficiais do acampamento foram levados perante os tribunais marciais no ano seguinte (em 1948) e um deles foi condenado somente sob a acusação de negligência (falha na execução do dever).

O tal relatório causou consternação entre os funcionários do governo britânico que reconheceu os graves danos que o caso poderia fazer a imagem internacional da Grã-Bretanha para. O chanceler do Ducado de Lancaster exprimiu a seguinte opinião: "... somos acusados de ter tratado internos de uma forma que lembra os campos de concentração alemães."

O Exército britânico fez de tudo para que os soviéticos não descobrissem como foram apreendidos e tratados os seus agentes. O caso foi levado perante Exército cortes marciais e algumas das evidências foram ouvidas a portas fechadas para garantir que a segurança estava garantida.

Mesmo com todas as acusações... Todos os réus não foram declarados culpados no quesito maus tratos e homicídios de prisioneiros.


Estupros britânicos

Segundo registros italianos e várias outras fontes que inclui tanto evidências de jornalistas belgas e da Seção Especial de Investigação houve oito estupros e dezenove tentativas de estupro por soldados britânicos na Itália entre setembro de 1943 e dezembro de 1945. Tanto o estupro como o assédio sexual ocorreram com bastante frequência na Invasão da Sicília em 1943. Na Alemanha, embora o número esteja longe da escala cometida pelo Exército Vermelho, estupros de mulheres locais também foram cometidos pelas tropas britânicas e canadenses. Mesmo as mulheres idosas foram vítimas deles. 

Royal Military Police (Polícia Militar Real) ao fechar os olhos para o abuso de prisioneiros e civis alemães, fez com que os casos de estupros se tornassem um grande problema para eles. Alguns oficiais britânicos tratavam o comportamento pervertido de seus homens com clemência.

Nos casos britânicos, embora houve casos em que muitos estupros foram cometidos sob o efeito do álcool ou de estresse pós-traumático do indivíduo mas houve casos de ataques premeditados, como um caso que envolveu o assalto a três mulheres alemãs na cidade de Neustadt am Rübemberge e a tentativa de uma gangue formada por soldados que tentaram estuprar de duas garotas locais à mão armada na aldeia de Oyle, perto Nienburg, que terminou na morte de uma delas quando, intencionalmente ou não, um dos soldados descarregou a sua arma nela, atingindo-a no pescoço. 

Outro ocorrido em um único dia, em meados de abril de 1945, três mulheres em Neustadt foram estupradas por soldados britânicos. Um alto capelão do Exército britânico que seguiu as tropas informou que houve uma "boa dose de estupro". Em seguida, este capelão acrescentou que "aqueles que sofrem [estupro] provavelmente já merecia". 

No verão de 1945, em uma fazenda na cidade Klagenfurt, capital do estado austríaco de Caríntia, dois soldados britânicos bêbados invadiram com um revólver em mãos quando havia apenas duas mulheres presentes na casa. A mais velha das duas mulheres foi forçada a ir para o andar de cima enquanto a outra, uma menina de 18 anos de idade, foi estuprada por um dos soldados.

Policiais nos locais não conseguiram tratar relatos de estupro mesmo sendo capazes de rastrear e deter os suspeitos, identificados pela vítima, junto com a Polícia Militar real que os ajudaram. Mas na hora se insistia que nenhuma ação podia ser tomada e que a sua palavra era final.


Violação de corpos

Durante a Guerra da Birmânia, tropas britânicas removeram dos cadáveres japoneses dentes de ouro além de exibirem crânios como troféus. Isso ocorreu, principalmente, na chamada Campanha de Burma. 



Estupros na Ocupação do Japão

Durante a Ocupação Aliada do Japão, australianos, britânicos, tropas indianas e neozelandesas [que faziam parte da Força de Ocupação Britânica da Commonwealth (FOBC)], cometeram estupros contra um número desconhecido de mulheres. 


Símbolo da British Commonwealth Occupation Force
(Força de Ocupação Britânica da Commonwealth)


Allan Clifton, um oficial australiano que atuou como intérprete e investigador criminal, relatou dois casos tenebrosos: um que havia visto uma menina que havia sido estuprada por 20 soldados australianos uma hora antes e que estava em um hospital de Hiroshima onde um médico e duas enfermeiras tentavam reanimá-la e outro que envolveu jogadores de baralho que foram condenados a dez anos de prisão, mas que, ao chegar na Austrália, as sentenças foram anuladas.

Segundo o comandante e de acordo com os relatórios oficiais afirma que alguns membros foram condenados por cometer 57 estupros no período de maio 1946 a dezembro de 1947 e mais 23 entre janeiro de 1948 e setembro de 1951. E não há estatísticas oficiais sobre a incidência nos primeiros três meses no Japão (fevereiro a abril 1946).

As sanções aplicadas aos membros da FOBC condenados por crimes graves eram consideradas como "não graves" e as impostas aos australianos eram frequentemente mitigadas ou anuladas pelos tribunais australianos.


Abuso de crianças

Durante o avanço britânico na Alemanha, durante o final de 1944, o exército tinha bases em toda a Bélgica e nos Países Baixos (Holanda). Então soldados também foram alojados nas casas de famílias locais das quais adquiriram amizade. Desde então houve relatos de "agressão sexual e indecência" ou "ascensão da indecência contra as crianças" cometidos por um grupo de soldados britânicos onde os agressores tinham explorado o "clima de confiança" que tinha sido criado entre famílias locais que conviviam no momentoEm dezembro de 1944, isso acabou chamando a atenção das autoridades. Um grupo destes homens foram condenados por estes crimes durante o inverno de 1944-1945.

O motivo de poucos saberem isso é que este ocorrido recebeu pouca publicidade.






Canadá 



Assassinato do Regimento Loyal Edmonton

De acordo com Samuel W. Mitcham Jr. e Stephen Von Stauffenberg em seu livro The Battle of Sicily (A Batalha da Sicília) na qual relata a Invasão da Sicília pelos Aliados que tinha como codinome Operação Husky, a unidade do exército canadense chamada Loyal Edmonton Regiment (Regimento Loyal Edmonton) teria assassinado prisioneiros de guerra alemães após terem se rendidos e já serem prisioneiros de guerra indefesos completamente.


Foto de soldados da Loyal Edmonton Regiment

Distintivo do Regimento da Loyal Edmonton responsável pela 
morte de soldados alemães já capturados e presos


Capa do livro que relata o incidente: The Battle of Sicily: How the Allies Lost Their Chance for Total Victory (A batalha da Sicília: Como os aliados perderam a chance de vitória total)



Incêndio em Friesoyte

Friesoythe é uma cidade alemã que está localizada no distrito de Cloppenburg no estado da Baixa Saxônia.

Tudo começou em 14 de abril, 1945 quando houve rumores que foram espalhados de que o comandante popular dos Argyll e Sutherland Highlanders do Canadá (Reserva Primária do Regimento de Infantaria baseado nos escoceses) tinha sido morto por um "suposto" atirador de elite civil da própria cidade. Isto fez com que os Highlanders tomassem a decisão de incendiar propriedades civis dentro da cidade de Friesoythe em um ato de represália. 


Crachá do regimento envolvido na decisão precipitada

O historiador oficial da campanha canadense Charles Perry Stacey escreveu mais tarde que as tropas canadenses passaram primeiro a remover os civis alemães de sua propriedade antes incendiar suas casas. E, "... como resultado uma grande parte da cidade de Friesoythe foi incendiado na enganosa represália." 


Stacey: o historiador que tirou do esquecimento tal ocorrido


Mais tarde, descobriu-se que, de fato, um soldado alemão, havia matado de fato o comandante do Argyll, o tenente-coronel Frederick E. Wigle. Um paraquedista. Mas já haviam punido antes da confirmação.



Como resultado, segundo alguns, Friesoythe foi quase totalmente destruída. 

Estima-se, segundo um a fonte alemã, que entre 300 e 355 casas foram totalmente destruídas. Agora Segundo a Brockhaus Enzyklopaedie, estima a destruição de até 90%.

Mais detalhes são contados também no seguinte livro Meeting of Generals (Encontro de generais) de Tony Foster.






Austrália


Massacre descontrolado australiano


Segundo escritor Mark Johnston em seu livro Fighting the enemy: Australian soldiers and their adversaries in World War II (Lutando com o Inimigo: Soldados australianos e seus Adversários na 2ª Guerra Mundial) o assassinato de japoneses desarmados era comum e direto. 

Durante o combate, o comando australiano tentou colocar pressão sobre as tropas japonesas para que estes se rendessem, mas as tropas se mostrou relutante. Quando os prisioneiros se renderam após um tempo, em muitas vezes, os soldados australianos começavam a matá-los antes mesmo de ser interrogados e foi difícil impedi-los de se fazer isso. De acordo com o escritor, como consequência deste tipo de comportamento... "Alguns soldados japoneses foram quase certamente impedidos de se render aos australianos".

Major-general australiano Paul Cullen indicou que a matança de prisioneiros japoneses na Faixa da Campanha de Kokoba não era incomum. Em um exemplo, lembrou que durante a batalha em Gorari, "o líder... [de um]... pelotão capturou cinco ou sete japoneses e mudou-se para a próxima batalha. O próximo pelotão veio e abaionetou estes japoneses". 

Ele mesmo também afirmou que achou os assassinatos compreensíveis e que tinha deixado de se sentir culpado por eles.

Major-general Paul Alfred Cullen (1909-2007), em cerca 
de 1954 e em 2004 no Dia ANZAC em 25 de abril:
sem remorsos dos eventos do passado



Mapa do local onde ocorreu a Faixa da Campanha de Kokoba




Mutilação de corpos 


Uma prática que também foi comum entre os americanos (abordaremos na seção dos "Estados Unidos da América", os soldados australianos também mutilaram muitos corpos de japoneses, mais comumente, para se obter os dentes de ouro deles. Embora, contrário ao caso americano que veremos, foi oficialmente desencorajado pelo exército australiano. Segundo um escritor, tal prática entre eles foi motivado principalmente pela ganância e depois pelo total desprezo para o inimigo. Eles também haviam tirado dentes de ouro de cadáveres alemães, embora foi mais comum no Pacífico Sul-Oeste". O comportamento assassino incomum assassino que existia nos soldados australianos em relação aos seus adversários japoneses era principalmente motivada pelo racismo e a falta de compreensão da cultura militar japonesa, e o desejo de se vingar o assassinato e mutilação de prisioneiros australianos e nativos da Nova Guiné na Batalha de Milne Bayleva-os a matar prisioneiros discriminadamente.



Estupros em Kure (Hiroshima)

Segundo o relato de uma ex-prostituta, ela lembra que, logo que as tropas australianas chegaram em Kure (uma cidade de Hiroshima), no início de 1946, logo após o fim da Guerra, eles arrastaram mulheres jovens em seus jipes, levou-as para a montanha e depois estuprou-as. "Eu ouvi elas gritando por socorro quase todas as noites.", relatou ela.

Tal comportamento era comum, mas a notícia da atividade criminosa pelas forças de ocupação era rapidamente suprimida.



Agora acabamos de ver. Além deste pode-se haver outros, mas na presente data somente foi encontrado estas. Quem sabe mais à frente apareça mais algum. Talvez você se surpreendeu. Mas se caso ainda não, sinta-se muito em dizer-lhe que ainda vem mais por aí, mas desta vez cometidas pelos seus aliados. Sim, há mais que promete surpreender visto que na maioria das vezes, muitas vezes NUNCA é dito ou mesmo mencionado por cima.

Vamos a ele.


Continua

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